Os meningiomas são os tumores cerebrais benignos mais comuns. Eles podem crescer lentamente e causar prejuízos importantes ao comprimir estruturas adjacentes do cérebro. Entender os sinais, o diagnóstico e as opções de tratamento é essencial para garantir um cuidado seguro e eficaz.
O que é um meningioma intracraniano
O meningioma é um tumor que se origina nas meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ele cresce de forma lenta e, na maioria dos casos, é benigno. Apesar disso, pode causar pressão em regiões delicadas do cérebro, gerando sintomas progressivos. Por ser um tumor de crescimento gradual, muitos pacientes só percebem sinais quando a lesão já tem tamanho significativo.
Sintomas mais comuns
Os meningiomas não costumam provocar sintomas, especialmente nas fases iniciais. No entanto, conforme crescem, podem causar compressão das estruturais cerebrais causando os sinais abaixo:
- Dores de cabeça persistentes que não melhoram com analgésicos habituais.
- Alterações visuais, como visão dupla ou perda parcial do campo visual.
- Fraqueza ou dormência em um lado do corpo.
- Crises convulsivas (especialmente, os casos de convulsões de início tardio em adultos merecem investigação).
- Mudanças cognitivas ou de comportamento, como dificuldade de memória ou alterações de humor.
A intensidade dos sintomas depende do tamanho e da localização do tumor.
Diagnóstico preciso
O diagnóstico do meningioma intracraniano pode surgir em dois contextos. O primeiro é como um achado de exame, em que a condição não causa sintomas e é encontrada por acaso ao realizar o exame para investigar outra doença.
O segundo cenário surge a partir de uma queixa do paciente, em que o neurocirurgião faz uma avaliação clínica detalhada, levando em conta a história dos sintomas e o exame neurológico. Essas informações direcionam a escolha dos exames de imagem:
- Ressonância magnética: mostra o tamanho, a posição e as características do tumor, sendo o padrão-ouro para diagnóstico.
- Tomografia computadorizada: útil em casos de emergência ou quando a ressonância não é possível.
- Angiografia cerebral: pode ser indicada para avaliar o fluxo sanguíneo ao redor do meningioma, por ser um tumor que pode envolver artérias importantes ou ter uma vascularização importante, principalmente antes de cirurgias complexas.
Combinar a análise clínica com os exames garante um plano de tratamento personalizado e seguro.
Opções de tratamento
O tratamento é individualizado, considerando o tamanho, a localização do meningioma e os sintomas do paciente. As principais abordagens incluem:
- Acompanhamento clínico: indicado para tumores pequenos, assintomáticos e de crescimento lento. Envolve ressonâncias periódicas.
- Cirurgia: a remoção completa do meningioma é o tratamento mais efetivo quando há sintomas ou crescimento rápido. O avanço das técnicas neurocirúrgicas permite maior segurança e recuperação mais rápida.
- Radiocirurgia ou radioterapia: indicada para tumores de difícil acesso ou quando não é possível remover toda a lesão.
O acompanhamento com um neurocirurgião experiente é fundamental para decidir o momento ideal e a melhor estratégia de tratamento.
Mesmo sendo benigno, o meningioma intracraniano requer atenção. O diagnóstico precoce e o acompanhamento especializado garantem maior chance de controle da doença, preservação da qualidade de vida e prevenção de complicações.
Se você apresenta sintomas como dores de cabeça persistentes, alterações visuais ou crises convulsivas, entre em contato e agende uma consulta para avaliação individualizada.
Avaliar cedo é o primeiro passo para um tratamento seguro e eficaz.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Não. Tumores pequenos, assintomáticos e de crescimento lento podem ser apenas monitorados com exames periódicos. A cirurgia é indicada quando há sintomas, crescimento acelerado ou risco de compressão de estruturas importantes.
Toda cirurgia cerebral envolve riscos, mas os avanços em técnicas de imagem, monitorização e microscopia tornaram o procedimento cada vez mais seguro. Um neurocirurgião experiente avalia cada caso para minimizar complicações.
Existe a possibilidade de recidiva, especialmente em casos de remoção parcial ou em tumores de localização complexa cuja remoção total não é possível. Por isso, o acompanhamento com exames de imagem regulares é essencial, mesmo após a cirurgia.